ACESSIBILIDADE  TRANSPARÊNCIA  CONTRASTE:  

O Livro Didático tem uma data em homenagem a ele, você sabia? Sim, no dia 27 de fevereiro é comemorado o Dia Nacional do Livro Didático. A data, criada entre 1929-1930, pelo Instituto Nacional do Livro (INL), presta uma homenagem a esta ferramenta, que é a mais utilizada pelos educadores no auxílio à condução da prática pedagógica.

Quem inventou o livro?

 

O formato de livro como conhecemos hoje, o chamado “códice” ou “códex”, não é e nunca foi o único existente. Antes dessa encadernação de capa e páginas montadas em sequência, houve outras formas. Atualmente, também há novidades, como o áudio-livro e o livro eletrônico (e-book).

Os primeiros livros foram criados pelo povo sumério, quando este começou a escrever em tabletes de argila, por volta do ano 3.200 a.C. na Mesopotâmia, atual Iraque. O conteúdo, naquela época, era composto por leis, assuntos administrativos e religiosos, lendas e até poesia.

Com o tempo, o livro ficou mais leve graças à descoberta de outros materiais, como o papiro, obtido a partir de uma planta egípcia, e o couro de animais, dos quais o produto mais conhecido é o pergaminho. A região de Pérgamo (onde hoje é a Turquia) desenvolveu o pergaminho por causa de uma proibição de importar papiro. Ela e Alexandria disputavam o posto de possuidoras da maior biblioteca do mundo conhecido. Para dificultar o crescimento da concorrente, o rei egípcio Ptolomeu V proibiu a exportação do papiro para aquele local.

Nessa época, o formato comum era o rolo ou o volume, feito de folhas de pergaminho coladas lado a lado. Essa colagem era depois enrolada em dois bastões de madeira ou marfim. Assim, as pessoas poderiam ler o pergaminho da mesma maneira como estavam acostumadas com o papiro, ou seja, desenrolando de um lado e enrolando de outro.

O papel chegou à Europa trazido da China por mercadores árabes apenas no século 12 e, mesmo com o novo suporte, os livros continuavam a ser manuscritos, copiados por monges. O trabalho era cansativo e um exemplar podia levar até mais de um ano para ficar pronto.

Isso só mudou na década de 1450, quando o alemão Gutemberg inventou a prensa e os tipos móveis, o que trouxe rapidez à produção do livro. A primeira obra impressa por ele foi a Bíblia. Foi também este o primeiro livro que chegou ao Brasil, trazido pelos colonizadores.

Como em todos os países, também havia censura em Portugal, especialmente por parte da Igreja, e isso se refletia no Brasil. Assim, os livros censurados só podiam circular por aqui de maneira clandestina. Os outros entravam livremente, trazidos pelos colonizadores, pelos brasileiros que iam estudar em Portugal e em outros países, e pelos comerciantes.

No entanto, os livros só puderam ser feitos no Brasil a partir de 1808, quando a família Real portuguesa se mudou para cá e trouxe uma máquina impressora. Antes disso, era crime ter uma tipografia no país.

Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/2547/quem-inventou-o-livro

O Livro Didático no Brasil

 

A chegada da família real, aqui no Brasil, em 1808, trouxe consigo alguns legados que marcaram para sempre a nossa história, um deles foi a chegada de uma máquina impressora fundando a imprensa régia. As primeiras obras didáticas publicadas foram traduções para a Escola Militar.

Apenas em 1822, ano em que o Brasil foi declarado independente, é que foi iniciada a produção do livro didático e o decreto das primeiras leis educacionais.

Em 1827 uma das primeiras obras didáticas brasileiras foi elaborada por um cidadão de destaque, denominada Escola brasileira ou instrução útil a todas as classes, de José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu, destinada aos professores de Primeiras Letras.

De acordo com Bittencourt, mestre e doutora em história social, Cairu utilizava como principal referência as Sagradas Escrituras. Ele demonstrava sua preocupação em disseminar a alfabetização, vista como fundamental para a vida civilizada. Além disso, buscava controlar o “perigo do livro”, capaz de difundir as “luzes” para as classes inferiores, gerando perda da mão-de-obra braçal.

O livro didático foi utilizado em diferentes momentos da história do Brasil como instrumento de reprodução ideológica (hoje não é diferente).  Ele também reforçou e contribuiu para a formação do sentimento de nacionalidade, no século XIX, além de ser considerado importante para a formação de alunos e professores “mal formados”, sua elaboração deveria ser feita de maneira cuidadosa, articulada aos interesses do Estado.

No século XX, os livros didáticos utilizados no Ensino Secundário deveriam ser escolhidos criteriosamente pelo professor, com total vigilância do estado. Havia uma série de regulamentações de acordo com os estados para a adoção dos livros didáticos.

Na Era Vargas (1930-1945), houve um grande incentivo para a produção do livro didático nacional, o objetivo do governo da época era o de gerar uma nação forte e unida. Sempre houve uma preocupação com a produção do livro didático no Brasil, mas foi apenas nesse período, com a criação do INL- Instituto Nacional do Livro- foi que o Estado criou uma legislação específica para a produção do livro didático. O INL era um órgão público capacitado para legislar sobre tais assuntos e tinha por função zelar e ampliar a produção do livro didático no país.

Em 1938 foi criada a CNLD- Comissão Nacional do Livro Didático- cujas atribuições envolviam o estabelecimento de regras para a produção, compra e utilização do livro didático. Anos depois, em 1966, foi criada a Comissão do livro técnico e livro didático– Colted. Esse órgão se dispôs de recursos suficientes para a distribuição de 51 milhões de livros no Ensino Fundamental, contemplando entre seus objetivos o aumento da produção do livro didático e o barateamento de seu preço. Mas, infelizmente, em 1971, esse órgão foi extinto por envolvimento em escândalos com transportadoras e empresas que montariam bibliotecas nas escolas.

Em 1971, foi criado pela INL o Programa do Livro Didático para o Ensino Fundamental (PLIFED) assumindo os recursos e trabalhos antes organizados pela Colted. No ano de 1976 foi extinto o INL, tornando-se a Fename responsável pelo Programa do Livro Didático – PLD.

No ano de 1985, a PLIFED deu lugar ao Programa Nacional do Livro Didático – PNLD. Foi a partir desse momento que os professores passaram a atuar de forma mais efetiva na escolha do livro didático, tentando selecionar o que mais se aproxima do contexto cultural dos alunos.

Em 2003, é criado o Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLDEM), porém, contemplando então apenas as disciplinas de Português e Matemática e proporcionando a distribuição completa desses livros para todas as regiões do país somente em 2005. As demais disciplinas foram sendo incorporadas entre os anos de 2007 e 2015.

Na atualidade o livro didático deve atender as perspectivas da BNCC, sendo que esse é um documento norteador para a criação do currículo de todo país.

O papel social do livro didático é indiscutível, sendo esse um facilitador no desenvolvimento do aprendizado de crianças e jovens de todo país. Essa ferramenta não deve (ou pelo menos não deveria) ser utilizada por forças políticas com objetivos ideológicos.

É necessário que o livro didático sempre seja pensado e repensado em cada contexto social que é utilizado e em cada função que ele desempenha. Ser conhecedor desse papel nos ajuda a atender a nossa realidade.

Fonte: https://blog.soeducador.com.br/livro-didatico-conheca-a-trajetoria/?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=pareto.maxperformance&gad_source=1&gclid=EAIaIQobChMI1pqQ8qffiwMVVw9ECB3rhjwqEAAYAiAAEgISrPD_BwE

 

 

 

 

 

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